quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Divagações sobre os gibis da Marvel e DC de hoje em dia

Os gibis da Marvel e da DC hoje em dia são recortes dos mesmos personagens fazendo as mesmas coisas com as mesmas pessoas. Variam apenas a visão do roteirista, desenhista e do editor sobre ele. É como alguém disse uma vez: só existe duas histórias de amor no mundo (Romeu & Julieta e mais uma outra que não lembro qual é). Todas as outras histórias que vieram depois seriam versões dessa mesma história. Assim nós temos “X-Men por Warren Ellis / Grant Morrison / Josh Whedon” e não mais "Os X-Men". Isso sempre rolou na verdade, mas acho que não tinha tanta força quanto hoje em dia. Lembro quando havia "os Vingadores/Quarteto Fantástico de John Byrne".

Só que na época eu encarava como evolução, cada autor levava a história um pouco adiante e havia mudanças nos personagens. Acho que isso ainda rola, mas ando meio de saco cheio, pra falar a verdade. Parece uma "johnbyrneização" da Marvel e DC. Parece que o esquema se tornou mais profissional, que pegaram uma fórmula que tava dando certo e levaram adiante. Já lançam pensando nos "trade paperbacks" daquela série.

A pergunta que fica é "quantas vezes as mesmas histórias dos mesmos personagens pode ser contada sem que o leitor encha o saco?". Mas isso talvez seja feita só pelo leitor veterano, já que as constantes reformulações podem ser uma forma de atrair novos leitores ou conquistar a leitura de quem acabou de começar a ler gibi.

Eu nem sou contra histórias malucas nas cronografias oficiais dos gibis, tipo Frankencastle (quando o Justiceiro morreu e foi ressucitado como um Frankenstein) porque comecei a ler gibis da Marvel na época da saga Inferno.  Era um gibi do Homem-Aranha. Aí é aquela mistura entre "homem que ganhou poderes por causa de uma picada de uma aranha radioativa" com misticismo. Então pra mim tá valendo tudo em gibi, ou quase tudo.

Eu lia gibis desenhados pelo Rob Liefeld e me amarrava. Tinha uma história dele, com o Wolverine lutando contra o Selvagem que era bem bacana. Eu curtia os desenhos dele (mas também não me ligava tanto em anatomia). Curtia as hachuras e todo mundo puto o tempo todo. Pirava nos desenhos do Jim Lee (até fui numa convenção de quadrinhos no Sesc da Tijuca que ele veio, apertei a mão dele e tudo... fiquei com a mão tremendo depois hehe) e só dia desses fui reparar como ele desenhava perna mal. Nunca fui de reparar em anatomia. Curtia o Cable a a história dele e nunca entendi a raiva que certos leitores de quadrinhos tinham dele. Consideravam ele como o símbolo do que tinha pior nos anos 90, junto com o Venon e com o Carnificina. Eu curtia o Venon também. Tinha gente que achava ele um personagem forçado mas porra, todos os personagens de gibis são forçados.

Aí parei de ler gibi por uma época (lá pela Era do Apocalipse). Fiquei nos RPGs, mas sempre procurava me manter informado sobre o que andava rolando. Lia os sites especializados como o Omelete e o UniversoHQ.

O UniversoHQ sempre foi das antigas. Sobre o Omelete, eu me lembro quando ele tava começando. Eu era de uma lista de discussão por e-mail (Falkenbras, sobre Castelo Falkenstein) quando um dos "criadores" chamou um cara lá pra escrever sobre quadrinhos pra fortalecer o Omelete. Nem sei se ele aceitou. Acho bacana ver o Omelete do jeito que tá hoje, com OmeleteTV e bonitão, cheio de colunistas. Mas talvez tenha ficado bem grande, antes eu lia sobre música lá, como a Poison On The Rocks que fui ler dia desses e nem curti tanto assim...

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