sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Alguns links com algumas histórias sobre o Jorge Ben(jor)

Algumas historias sobre o Jorge Ben(jor) que coletei pela internet:

Você tem uma relação muito próxima com as canções de Jorge Benjor, a começar por Mas Que Nada. Como vocês se conheceram, e qual é a relação de vocês hoje?
Conheci o Jorge no Beco das Garrafas. Foi nessa época que ouvi Mas Que Nada, Chove Chuva, entre outras, pela primeira vez. O Jorge tinha uma qualidade especial, uma levada de violão totalmente diferente do que se fazia naquela época. Sou muito grato a ele por ter escrito Mas Que Nada , que foi e continua sendo a canção mais importante da minha carreira. No meu disco Bom Tempo, lançado neste ano, regravei País Tropical. Acho que Mas Que Nada é hoje a canção brasileira mais conhecida no mundo. E Jorge é um querido amigo. Nós nos vemos de vez em quando quando nos cruzamos pelo mundo. E é sempre um grande prazer encontrá-lo.

* 20 perguntas da Playboy com o Sérgio Mendes;

Mas existe também o Erasmo Carlos sambista, não é? Muita gente considera você e o Jorge Ben os inventores do samba rock.
Não, é o Jorge. Ele é o grande sacador da batida e tudo. Eu sou só um seguidor, e todos os que fazem samba rock são seguidores do Jorge. Quando comecei, ele era meu vizinho lá na Tijuca. Ele era da turma d’Os Cometas, do Rio Comprido, eu era de uma gangue da Tijuca. A gente frequentava a mesma esquina, o mesmo bar. Depois todos começaram a tocar violão, aquela febre do rock’n’roll, samba, bossa nova. A gente fazia serenata de rock e de bossa nova...

* entrevista da revista Trip com Erasmo Carlos;

SUA TURMA ERA TIM MAIA, ROBERTO, ERASMO CARLOS?
Eu também não era da turma deles... A turma deles, o primeiro conjunto, era Tim Maia, Erasmo e Roberto. Chamava Sputniks. Aí houve uma confusão, Roberto se separou e o Tim depois sumiu, foi pros Estados Unidos. Tim tocava desde garoto, foi o primeiro que vi cantando “bop-a-lena, bop-a-lena”, tocando guitarra. Ficamos mais amigos depois, quando voltou e veio pra jovem guarda. Fizemos uma excursão uma vez com a fábrica francesa de tecidos Rhodia. Eu, Rita Lee e Tim Maia. Eram as manequins, e a gente tocava no meio dos desfiles. Uma coisa chiquérrima.

NÃO FICOU NADA GRAVADO DISSO?
Ah, não, não sobrou gravação nem do tempo nosso da tropicália, de Divino, maravilhoso. Dizem que gravavam novela em cima. Mas, falando do Tim Maia... O som dele revolucionou. Ele teve umas fases lúdicas, lindas, específicas... Por exemplo, aquela do livro. Ele seguia e descobriu que não era nada daquilo. Essa foi uma decepção dele. O cara botou a fé dele toda ali e depois descobriu.

DEVE TER SIDO RUIM PRA ELE, MAS RENDEU MÚSICAS MARAVILHOSAS...
Ô, só música maravilhosa. Ele aderiu, cantava com o livro na mão. O síndico, o grande síndico, Deus o tenha. Não vou falar pra você nem pra ninguém, mas eu guardava coisas dele, os amigos sempre guardavam. A qualquer hora você tinha que atender, ele ligava três, quatro horas da manhã. Uma coisa que posso contar pra você: quando gravou o disco com Os Cariocas [em 1997], ele chegou contente, feliz da vida, isso eram quatro da manhã. Aí acordei, já sabiam lá em casa que telefone para mim era dele.

ELE DEVIA SABER QUE VOCÊ TAMBÉM ESTARIA ACORDADO...
[Ri.] Do outro lado ele feliz, “Porra, estou chegando do estúdio agora, gravei com Os Cariocas!”. Mostrava faixa por faixa, ouvi e tinha que dar nota!

NOTA? DE ZERO A DEZ?
[Ri muito.] “O que você acha, porra!?” “Do cacete.” Era demais.

E ROBERTO E ERASMO?
Com eles foi muito pouco, só vivi aquela época da jovem guarda.

MAS VOCÊ FEZ DUAS MÚSICAS COM ERASMO E MOROU COM ELE, NÃO?
Fiquei um pouco com Erasmo no Brooklin, quando fui pra São Paulo me apresentar no Jovem Guarda. Foi a época em que a gente fez “Menina gata Augusta” [1967], que foi legal, [cantarola], “menina gata Augusta, menina Augusta gata”. Ali já fizemos um [hesita] samba rock...

VOCÊS BATIZARAM DE “JOVEM SAMBA”.
É, jovem samba [cantarola], “eu sou da jovem samba/ a minha linha é de bamba” [de “A jovem samba”, 1967].

* entrevista da revista Trip com Jorge Benjor;

O texto abaixo  é sobre o Roberto Carlos, mas fala um pouco da época que o Jorge Ben viveu na Tijuca:

Seis anos antes, Roberto Carlos havia chegado ao Rio de Janeiro, vindo de Cachoeiro do Itapemirim (ES), sonhando em ser um cantor famoso. Tentou o rock, a bossa nova e lançou um álbum que tinha também bolero e samba. Foi um fracasso. Esnobado pela panelinha da Zona Sul – Ronaldo Bôscoli o chamava de “João Gilberto dos pobres” –, voltou a conviver com sua primeira turma carioca, da Tijuca. Mais especificamente com um rapaz alto e bonachão, fã de Elvis Presley e de Roberto – tanto que havia mudado seu nome de Erasmo Esteves para Erasmo Carlos.

Uma versão de Erasmo para um hit de Bobby Darin seria o primeiro sucesso de Roberto: Splish Splash, de 1962. A parceria logo rendeu composições originais: vieram Parei na Contramão, É Proibido Fumar e, em 1965, o convite para que eles e Wanderléa apresentassem o programa Jovem Guarda, na TV Record. Em novembro daquele ano, lançaria a música revolucionária que incendiou o Brasil e o transformaria em Rei: Quero que Vá Tudo pro Inferno.

* entrevista da revista Alfa;

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